Palavras e
coisas - Mas, antes de fazer qualquer
esforço intelectual ou de memória, é preciso definir o poder da palavra sobre
as coisas por elas nomeadas, ou seja, as coisas tem nome, logo elas são. Aos
nomes destes nomes de cada uma das coisas, chamamos de palavras. As palavras,
portanto, designam as coisas. Mas por serem signos (tanto as palavras quanto às
coisas por elas nomeadas), arrastam consigo – ao serem evocadas - uma sucessão
de outros fenômenos com os quais se relacionam de diversas formas, espontâneas
e aleatórias. E assim, até o invisível se vê através das palavras. Como numa
espécie de combinação, uma sucessão de probabilidades se abre e então no
interior desse espectro metafísico vislumbramos algum resíduo de essência que
determina o que cada uma das coisas (nomeadas) são. E são por serem em si e
através de si mesmas, pela via das palavras que lhes traduzem os diferentes
sentidos que a elas são atribuídos por convenção. Uma coisa, portanto, pode ser
uma e outra coisa. Pode ser uma coisa só e várias coisas ao mesmo, entretanto,
o que uma coisa não pode nunca ser é coisa nenhuma. Até porque a coisa nenhuma
também é coisa nomeada pela palavra e portanto representada quando falada - no
campo sonoro (oralizada) ou grafada, no campo visual (escrita) ou ainda mental
quando atravessada na cadeia (in)consciente dos pensamentos, como numa corrente
dialética de signos que se processam uns aos outros, em síntese. © Francisco Weyl
Será no dia 26 de março de 2025, na sede da Associação Observalicia, em Braga, a segunda sessão das “Vivências do Cinema de Guerrilha – Resistência Climática”. Organizada por essa associação sem fins lucrativos, dedicada à pesquisa e atuação em alimentação, tecnologia e ecologia social, a ação propõe uma imersão no audiovisual como ferramenta de resistência e transformação social. Vamos continuar a trabalhar juntos na construção coletiva de filmes que denunciem as urgências climáticas e ecológicas atuais. A oficina busca democratizar o acesso ao cinema, utilizando tecnologias acessíveis, como celulares, para que comunidades e indivíduos possam contar suas próprias histórias e fortalecer sua luta ambiental. Como facilitador, trago minha experiência no cinema amazônico, onde venho desenvolvendo pesquisas e produções voltadas para a resistência cultural e ecológica. Como criador e curador do Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA), sigo explorando as estéticas de guerrilha,...
Comentários