O cenário cultural brasileiro vive uma contradição profunda. Após décadas de luta por políticas públicas de cultura e pela institucionalização de editais de fomento, esperava-se um ambiente mais democrático e acessível. No entanto, o que se vê, na prática, é a reprodução de lógicas excludentes , onde os mesmos grupos historicamente privilegiados continuam sendo beneficiados , muitas vezes por meio de relações pessoais, alianças políticas locais e articulações de bastidores que transformam os editais em instrumentos de manutenção de poder — e não de redistribuição simbólica ou econômica. No Pará, essa realidade se intensifica. O estado vive um cenário de disputas constantes na política e na cultura, marcado p or circuitos institucionais de grupos privilegiados , currais culturais em municípios e clientelismos disfarçados de meritocracia . Em vez de promover diversidade e descentralização, os editais frequentemente legitimam um sistema de favorecimentos que exclui projet...
Será no dia 26 de março de 2025, na sede da Associação Observalicia, em Braga, a segunda sessão das “Vivências do Cinema de Guerrilha – Resistência Climática”. Organizada por essa associação sem fins lucrativos, dedicada à pesquisa e atuação em alimentação, tecnologia e ecologia social, a ação propõe uma imersão no audiovisual como ferramenta de resistência e transformação social. Vamos continuar a trabalhar juntos na construção coletiva de filmes que denunciem as urgências climáticas e ecológicas atuais. A oficina busca democratizar o acesso ao cinema, utilizando tecnologias acessíveis, como celulares, para que comunidades e indivíduos possam contar suas próprias histórias e fortalecer sua luta ambiental. Como facilitador, trago minha experiência no cinema amazônico, onde venho desenvolvendo pesquisas e produções voltadas para a resistência cultural e ecológica. Como criador e curador do Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA), sigo explorando as estéticas de guerrilha,...