Pular para o conteúdo principal

CARTA À FADESP – SOLICITAÇÃO DE INFORMAÇÕES E PROVIDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS – PRÊMIO PNAB 2025

Venho, por meio desta, na qualidade de proponente contemplado no Prêmio PNAB 2025, no âmbito do Edital nº 05/2025 – Circulação – Modalidade Audiovisual (Plataformas, Streaming, Acervos e Festivais), solicitar, de maneira respeitosa, informações claras, objetivas e formais sobre a tramitação do meu processo, bem como sobre os prazos relacionados à assinatura dos termos e à liberação dos respectivos pagamentos.

Desde o dia 5 de junho de 2025, encaminhei todos os documentos exigidos, cumprindo rigorosamente os prazos e os procedimentos solicitados. No entanto, tenho recebido, de forma reiterada, solicitações para reenviar documentos já devidamente entregues e protocolados, sem que haja uma explicação objetiva sobre eventuais pendências ou necessidade de correções.

É compreensível que processos dessa natureza demandem rigor administrativo, mas acredito que a transparência, a boa comunicação e o respeito mútuo são fundamentais para assegurar um relacionamento institucional saudável e produtivo, especialmente quando falamos de uma política pública que reconhece e valoriza a atuação dos agentes culturais.

Diante disso, e amparado na Lei nº 12.527/2011 – Lei de Acesso à Informação (LAI), bem como nos princípios constitucionais que regem a Administração Pública (Art. 37 da Constituição Federal), venho solicitar:

  1. Informações atualizadas e detalhadas sobre a tramitação do meu processo, indicando:

    • Em que fase se encontra;

    • Se há, de fato, alguma pendência documental, e, em caso afirmativo, qual é ela;

    • Quais os próximos passos previstos, bem como seus respectivos prazos.

  2. Confirmação quanto ao status do Termo de Referência já enviado, e, se possível, o envio da cópia devidamente assinada pelas partes envolvidas, ou a previsão para sua formalização.

  3. Disponibilização de um canal direto de comunicação, que permita esclarecer dúvidas de forma ágil e eficiente — seja por telefone, WhatsApp institucional ou outro meio equivalente.

  4. Acesso ao cronograma geral de execução do Edital nº 05/2025 – Circulação/PNAB, especialmente no que se refere às etapas de análise documental, assinatura de termos e efetivação dos pagamentos aos contemplados.

Reforço que esta solicitação se dá em busca de clareza, objetividade e segurança no andamento do processo, e não pretende, em hipótese alguma, desconsiderar o empenho da equipe que conduz este trabalho. Ao contrário, reconheço os desafios que envolvem a gestão de editais dessa natureza e, justamente por isso, entendo que a transparência e a boa comunicação são essenciais para que todos os envolvidos possam seguir com tranquilidade e confiança no cumprimento dos seus direitos e deveres.

Agradeço, desde já, pela atenção e, sobretudo, pela consideração com este pedido, que se faz no espírito da colaboração, da construção conjunta e do respeito institucional.

Fico no aguardo de um retorno breve, formal e objetivo, a fim de que possamos conduzir este processo de maneira tranquila, eficiente e respeitosa para todos os envolvidos.

Atenciosamente,

Francisco Weyl

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Panacarica: dois Anos sem Rô, mas a eternidade ainda Navega

A água que cai do céu é fina, serena e funda, como quem sabe o que está fazendo. Cada gota que pinga sobre o rio carrega uma ausência. Há ruído de motor ao longe — daqueles pequenos, que levam a vida devagar. Mas hoje ele soa diferente: parece triste. E é. Ele carrega uma notícia que ecoa por entre os igarapés: Romildes se foi.   Amazônia não costuma anunciar luto com alarde. Ela simplesmente se emudece. A várzea fica quieta. A floresta para um pouco. Os pássaros cantam mais baixo. É assim quando vai embora alguém que é raiz, tronco e folha do território. Foi assim quando partiu Romildes Assunção Teles, liderança forjada na beira do rio e na luta coletiva.   Ele não era homem de tribuna nem de terno. Era homem de remo, de rede armada, de panela no fogo e conversa sincera. Era homem de olhar adiante, de palavra pensada, de gesto largo. Era Panacarica. Chovia em Campompema quando recebi a notícia. A chuva, sempre ela, orquestrando silêncios no coração da várzea. Era como se o ri...

Cinema de Guerrilhas volta a Braga para segunda Edição

 Será no dia 26 de março de 2025, na sede da Associação Observalicia, em Braga, a segunda sessão das “Vivências do Cinema de Guerrilha – Resistência Climática”. Organizada por essa associação sem fins lucrativos, dedicada à pesquisa e atuação em alimentação, tecnologia e ecologia social, a ação propõe uma imersão no audiovisual como ferramenta de resistência e transformação social. Vamos continuar a trabalhar juntos na construção coletiva de filmes que denunciem as urgências climáticas e ecológicas atuais. A oficina busca democratizar o acesso ao cinema, utilizando tecnologias acessíveis, como celulares, para que comunidades e indivíduos possam contar suas próprias histórias e fortalecer sua luta ambiental. Como facilitador, trago minha experiência no cinema amazônico, onde venho desenvolvendo pesquisas e produções voltadas para a resistência cultural e ecológica. Como criador e curador do Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA), sigo explorando as estéticas de guerrilha,...

Cláudio Barradas: Do lugar onde se vê o último Ato

A partida do Cláudio Barradas encerra um ciclo do teatro paraense.   Assim como foi, há cerca de vinte anos, a partida do Luiz Otávio Barata. Entre um e outro adeus, perdemos também muitos outros. Atrizes e atores que, como eu, foram crias desses dois mestres — Cláudio e Luiz Otávio — que, ao lado de Geraldo Salles e Ramon Stergman, compuseram, ali entre meados da década de 1970 e o início da de 1980, um respiro vital para o teatro feito em Belém do Pará. Era um tempo de afirmação. Um tempo em que se confundiam os passos da cena  teatral  com a própria origem da Escola de Teatro da Universidade Federal do Pará. Cláudio foi, sem dúvida, uma escola dentro da escola.   Passar por ele era passar pelo rigor, pela entrega, pela sensibilidade.   E, claro, pelo amor à arte. Os que o tiveram como mestre — nas salas da Escola Técnica, no Teatro do Sesi , mesmo nos ensaios, onde eu ficava à espreita, para aprender, em espaços acadêmicos, institucionais ou alternativos...