Pular para o conteúdo principal

Fórum COP30 da Marambaia realizará primeira reunião na Gleba 1

A comunidade do bairro da Marambaia toma para si as rédeas dialógicas sobre as questões climáticas ambientais que têm sido pautadas pelas diversas nações assinantes da Convenção-Quadro da ONU sobre mudança climática.

Avaliar a situação das mudanças climáticas no planeta implica também RE-conhecer e respeitar as realidades locais como estratégia Amazônica sobre mudança climática.

Mais que estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera que constitui grande ameaça climática planetária, a Marambaia quer desenvolver metodologias alternativas de participação popular neste processo.

A Marambaia é um dos bairros mais arborizados de Belém, em razão da sua privilegiada localização, com florestas, rios, igarapés, canais, além das dezenas de praças dos conjuntos habitacionais edificados no bairro.

As diversas estruturas hoje existentes na comunidade resultam de lutas populares por melhores condições de vida e trabalho com dignidade, do mesmo modo, a pujante cena cultural local reflete a organização e o trajeto de artistas e coletivos que se estabeleceram no território, enquanto ocupavam espaço na conscientização política coletiva.

Foi por este motivo que respondemos ao chamamento das instituições com a realização em Belém dos “Diálogos Amazônicos”, que, apesar da publicidade governamental federal, estadual e municipal, ficou aquém dos interesses da comunidade, que mesmo assim marcou presença e demonstrou que está atenta a questão ambiental.

Diante das ameaças ambientais globais, o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Brasil, 2008), a Política Nacional sobre Mudança do Clima, e a Agenda Brasil + Sustentável são documentos que fundamentam e apresentam medidas alinhadas com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com responsabilidade e participação social, não poderemos subordinar nossas demandas à estruturas rígidas de governos e partidos, ainda que estes sejam importantes para o fortalecimento da democracia brasileira.

Queremos nós próprios elencar nossas demandas e as organizar e apresentar em formas de propostas comunitárias aos diversos gestores e governos para que estes percebam a força de um povo cuja luta é histórica.

Uma luta que vem desde contra a ditadura, por Constituinte, Eleições diretas, direitos indígenas, quilombolas, de comunidades tradicionais, mulheres, trans e juventudes periféricas e demais categorias diversas que são excluídas dos diversos processos e acessos aos direitos e aos recursos públicos estruturais e financeiros.

Não ficaremos de braços cruzados a espera da próxima Conference of the Parties (COP30, que ocorrerá em Belém, em 2025), a qual, sabemos, atendem aos interesses dos grandes conglomerados industriais que ignoram a realidade local, prejudicando a vida de milhões de pessoas.

Por esta razão, foi criado o Fórum permanente de políticas públicas periféricas Marambaia COP30, cuja primeira reunião aberta ocorrerá no próximo dia 2 de Setembro, entre 17h/21h, na Quadra B, Conjunto Gleba 1, Nova Marambaia.

SERVIÇO

DATA: 2 de Setembro (17h/21h)


LOCAL: Quadra B / Gleba 1 / N.Marambaia


CONVIDADOS : Carpinteiro de Poesia, Cuité Marambaia, Clei Sousa, Mateus Moura, Valcir Bispo, Telma Saraiva (Chefe do Escritório do MINC no Pará), Boi Rei da Barão, GAM – Grupo Amigos da Marambaia, SEPUB, Vinícius Leite, Cordel do Urubu


ORGANIZAÇÃO: Conselheiro Cultural Wilson Coelho, Rosana Santos, Rosângela Santos, Antônio Oliveira, Marcos Afonso. E POMAR, Livre Associação de Poetas da Marambaia


TEXTO: Francisco Weyl (Jornalista DRT 2161)



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cinema de Guerrilhas volta a Braga para segunda Edição

 Será no dia 26 de março de 2025, na sede da Associação Observalicia, em Braga, a segunda sessão das “Vivências do Cinema de Guerrilha – Resistência Climática”. Organizada por essa associação sem fins lucrativos, dedicada à pesquisa e atuação em alimentação, tecnologia e ecologia social, a ação propõe uma imersão no audiovisual como ferramenta de resistência e transformação social. Vamos continuar a trabalhar juntos na construção coletiva de filmes que denunciem as urgências climáticas e ecológicas atuais. A oficina busca democratizar o acesso ao cinema, utilizando tecnologias acessíveis, como celulares, para que comunidades e indivíduos possam contar suas próprias histórias e fortalecer sua luta ambiental. Como facilitador, trago minha experiência no cinema amazônico, onde venho desenvolvendo pesquisas e produções voltadas para a resistência cultural e ecológica. Como criador e curador do Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA), sigo explorando as estéticas de guerrilha,...

Entre aforismos e reflexões sobre a existência - análise crítica da obra de Jaime Pretório

A obra, mesmo não sendo uma extensão do artista ou propriedade do público que a ressignifica, é uma potência inerente e transcendente ao próprio artista, entretanto, um escritor, como, em geral, um artista, não se resume ao que ele escreve, ao que ele concebe. A obra de Jaime Pretório, em especial sua coletânea “1000 Aforismos recortes de uma vida” vai além das palavras e das ideias que ele usa para expressar sua ampla reflexão sobre a condição humana, nestes tempos em que já nem sabemos ao certo se sobre ou sub vivemos. Nesta obra, o autor discorre sobre questões cotidianas, convocando-nos a uma jornada de introspecção, a partir de aforismos sobre normas sociais, dogmas religiosos, convenções filosóficas, mensagens poéticas. L er o autor impõem-nos desafios, ainda que na sua estilística aforística ,  o sinta gma  frasal se encerre em si próprio ,   através de  uma mensagem fragmentária, no caso d e  Pretório, uma mensagem fragmentária sobre os diversos temas qu...

Um Encontro de Arte e Reflexão: X FICCA na Livraria Gato Vadio

A Livraria Gato Vadio será palco de um dos momentos mais inspiradores do X FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté, que celebra a arte de resistência da Amazônia. Entre histórias contadas pelas telas e diálogos que se desdobram em ideias e ações, o espaço se tornará uma confluência de arte, literatura e cinema. Uma das joias da programação do X FICCA será a Oficina de Cinema CADA REALIZADOR UM TERRORISTA E CADA FILME UM ATENTADO, que convida amantes da sétima arte, estudantes e curiosos a mergulharem no universo da criação cinematográfica, sob a perspectiva da arte de resistência social. O festival tem como referencial teórico as estéticas de guerrilhas, as poéticas da gambiarra e as tecnologias do possível, que são conceitos resultantes das práxis pesquisadas e aplicadas pelo criador, diretor e curador do FICCA, Francisco Weyl. Estes elementos para a construção de uma tríade conceitual do cinema de resistência social serão apresentados e dialogados com os participantes, send...