(...) enviei este poema para comungar convosco do meu amor pela minha terra, mas, na verdade, não posso nem dizer que eu vou até ajuruteua, porque é ajuruteua que sempre vem até mim, carrego-a comigo, mas não como um cristão suporta o seu fardo, transporto-a, em minha alma, toda aquela paisagem de ajuruteua está impregnada com minhas energias, porque ali estão pedaços indizíveis de mim, e toda aquela paisagem impregna-se em mim, está comigo onde estou, sou-me todo e tudo, dela e nela, por isso a amo, e entristeço-me que muitos que por ali passam apenas deixam seus rastros, sujos, seus lixos, que trazem das cidades, sem nenhuma atitude pessoal de pelo menos não poluir a praia, já que estes que se pretendem políticos, sempre demagogos, nada fazem, nem ao menos uma, apenas usam aquele povo e destroem o ambiente, lamento que também nós, filhos de Bragança e mesmo aqueles que apenas passam por lá, aceitem que a praia fique suja e nada façam, e ainda joguem lixo na praia, e deixem garrafas, ...
Estéticas de guerrilhas, poéticas da gambiarra e tecnologias do possível na Amazônia Paraense