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enviei este poema para comungar convosco do meu amor pela minha terra, mas, na verdade, não posso nem dizer que eu vou até ajuruteua, porque é ajuruteua que sempre vem até mim, carrego-a comigo, mas não como um cristão suporta o seu fardo, transporto-a, em minha alma, toda aquela paisagem de ajuruteua está impregnada com minhas energias, porque ali estão pedaços indizíveis de mim, e toda aquela paisagem impregna-se em mim, está comigo onde estou, sou-me todo e tudo, dela e nela, por isso a amo, e entristeço-me que muitos que por ali passam apenas deixam seus rastros, sujos, seus lixos, que trazem das cidades, sem nenhuma atitude pessoal de pelo menos não poluir a praia, já que estes que se pretendem políticos, sempre demagogos, nada fazem, nem ao menos uma, apenas usam aquele povo e destroem o ambiente, lamento que também nós, filhos de Bragança e mesmo aqueles que apenas passam por lá, aceitem que a praia fique suja e nada façam, e ainda joguem lixo na praia, e deixem garrafas, plásticos, essas merdas, entristeço-me que tenha quem vá para ajuruteua e nem ao menos escute o som do mar, pois que o som de seu ridículo carro está ligado em alto volume, odeio esses vermes, amo ajuruteua
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enviei este poema para comungar convosco do meu amor pela minha terra, mas, na verdade, não posso nem dizer que eu vou até ajuruteua, porque é ajuruteua que sempre vem até mim, carrego-a comigo, mas não como um cristão suporta o seu fardo, transporto-a, em minha alma, toda aquela paisagem de ajuruteua está impregnada com minhas energias, porque ali estão pedaços indizíveis de mim, e toda aquela paisagem impregna-se em mim, está comigo onde estou, sou-me todo e tudo, dela e nela, por isso a amo, e entristeço-me que muitos que por ali passam apenas deixam seus rastros, sujos, seus lixos, que trazem das cidades, sem nenhuma atitude pessoal de pelo menos não poluir a praia, já que estes que se pretendem políticos, sempre demagogos, nada fazem, nem ao menos uma, apenas usam aquele povo e destroem o ambiente, lamento que também nós, filhos de Bragança e mesmo aqueles que apenas passam por lá, aceitem que a praia fique suja e nada façam, e ainda joguem lixo na praia, e deixem garrafas, plásticos, essas merdas, entristeço-me que tenha quem vá para ajuruteua e nem ao menos escute o som do mar, pois que o som de seu ridículo carro está ligado em alto volume, odeio esses vermes, amo ajuruteua
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são cinco da tarde, agora, vou para casa, amanhã e depois e depois não estarei conectado, mas me sentirei plugado a você, pelo que somos, em sangue e espírito, se fores até Bragança, sente o som dos tambores marujos, eles vêm de dentro de nossa ancestralidade, traduzem, de forma indizível (só poeticamente) o que somos neste tempo, e sempre nos remetem ao sagrado lugar da poesia, se fores até Ajuruteua, conta algumas estrelas, coloca-te à beira da fogueira e canta (e bebe vinho, como nos rituais dos antigos deuses pagãos, o meu deus é Dioniso, que é artista e sabe dançar) e agarra um pouco de areia e deixa escorrer por entre tuas mãos, é o tempo, esse velho companheiro, a encantar a vida, o que quer que ela seja, eu, aqui, a meio do oceano, estarei ao teu lado - já lá estou, agora e sempre - mesmo que nada disso aconteça, já o senti em meu coração, e isto me faz sentir um homem feliz
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© Francisco Weyl
Carpinteiro de Poesia e de Cinema
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© Francisco Weyl
Carpinteiro de Poesia e de Cinema
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