Do Mar o som Do vento o sopro Da areia grão Do sol O sol Só Assim tão passarinho Perdido do ninho No caminho Zitinho E tinhoso como cão raivoso A roer seu último osso Insosso e desgostoso Do fundo do fosso Fétido como um poeta Que ninguém leu Mas bebeu Do Mar o peixe fora d’água Do Mar o sal Indomável Cavalo marinho Marinheiro Do Mar o milagre Dos peixes Marinheiro Conheço os infinitos Do profundo oito E a espiral que se desenha Do Mar Do Mar de Ogum 7 Ondas Do Mar de Ogum Beira-Mar Do Mar de Yemanjá Do Mar o rito O canto do rio A fonte A fé Do Mar maré Em que banho Corpo-santo Do Mar canto Quando me abandono Ao porto Morto Do Mar travessia Do Mar margem Do Mar Do Mar tempestade Do Mar naufrágio Do Mar Do Mar estrela Estrela do Mar © Carpinteiro Porto, 24/10/2019
Estéticas de guerrilhas, poéticas da gambiarra e tecnologias do possível na Amazônia Paraense