Querem Lula na foto, não na decisão. Aqui entre nós — e falo com a autoridade de um velho militante que já viu muita coisa neste mundo —, o cenário internacional virou um tabuleiro cheio de disfarces, manobras e vaidades. E, infelizmente, o presidente Lula tem cometido erros que não se pode mais chamar de tropeços inocentes. Tentou se posicionar como mediador da paz entre Rússia e Ucrânia, num gesto ambicioso, porém descolado da realidade e da posição que o Brasil efetivamente ocupa nas engrenagens do poder global. Depois, num arroubo político e moral, chamou Israel de genocida. Pode até ter razão no juízo, mas não cabe a um chefe de Estado, com a responsabilidade do cargo que ocupa, disparar esse tipo de palavra sem medir as consequências diplomáticas. Na cúpula dos BRICS, foi convocado não para protagonizar, mas para compor — quase como figurante — o jogo dos interesses dos mais ricos, que, no fim das contas, mostraram não ter qualquer compromisso com os rumos do Sul Global, muito me...
Estéticas de guerrilhas, poéticas da gambiarra e tecnologias do possível na Amazônia Paraense