Embora eu quisesse que pudéssemos contar essa história em sua totalidade, com toda a profundidade que o Mestre José Ribamar Gomes de Oliveira merecia, a vida nos apresentou seus limites. Idealizamos uma série documental que daria voz e corpo à cultura, à memória e à identidade de Bragança — uma série que celebraria cada canto, cada rosto, cada história que ele tanto amava.
Mas, apesar da paixão, do empenho e da crença firme em nossos sonhos e utopias, a falta de recursos e investimentos tornou possível apenas a realização do episódio piloto.
Hoje, porém, essas imagens não são apenas cenas de um projeto inacabado; são vestígios vivos da presença de um homem que dedicou sua vida inteira à valorização das raízes bragantinenses. Um homem que foi professor, escritor, historiador, guardião da memória, e sobretudo, um incansável lutador pela cultura da Amazônia.
Esse piloto é a memória viva do Mestre Ribamar, e para nós, seus colegas, amigos e alunos da Academia de Letras de Bragança, é um legado precioso que atravessa o tempo e permanece vivo no coração da nossa cidade.
Mesmo diante das dificuldades, seguimos acreditando que os sonhos são sementes plantadas para florescer — e é com essa fé que tento preservar e compartilhar essa obra, na esperança de que inspire novas gerações a seguir os passos do nosso Mestre, a continuar a lutar pela cultura e pela identidade do nosso povo.
CARPINTEIRO DE POESIA
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