Mal cheguei e já me meti em três manifestações políticas púbicas realizadas na cidade do Porto.
A primeira delas foi contra o Clima, no dia 8 de setembro, quando centenas de milhares de pessoas em 95 países dos 7 continentes saíram às ruas em mais de 900 ações na mobilização mundial “Rise for Climate”.
A segunda, contra o Racismo, dia 15 de Setembro.
E a terceira, por moradia.
A maioria dos manifestantes era composta por jovens que faziam das praças e ruas um colorido que se desdobrava em alegria e esperança.
A juventude tem uma importância no processo de consolidação da democracia e de enfrentamento do capital, que lhes assedia com objetos de sedução e de Poder, pela via dos quais as pessoas são incluídas numa sociedade que escapa à sua própria realidade.
A ecologia humana passa pelas relações que os cidadãos estabelecem entre si, nos espaços que ocupam de forma comunitária, com regras que devem respeitar as diferenças e proteger os despossuídos e excluídos.
Ao contrário, o capital pratica o ilusionismo e a assepsia, sem reconhecer as diferenças psicológicas, sociais, sexuais, e étnicas, que fazem do projeto humano esta complexidade cuja existência se afirma por si mesma.
Defender o clima, e a moradia, lutar contra o racismo e todas as formas de preconceitos, são atos que se justificam por esta natureza que faz da vida um ato único e universal, no qual o ser independe de regras e de hierarquias.
Também estivemos presentes ao Ato #ELENÃO convocado pelas mulheres do Porto contra o candidato fascista Bolsonaro (foto)
É necessário, pois, conter uma onda global que se tem espalhado pelos continentes e que impedem o desenvolvimento intelectual e ético das nações, agrilhoando as multidões a um pensamento monolítico que se impõem às escolas e aos processos educacionais por vias legais e mediáticas.
Quando marcha contracorrente, nesta direção, a juventude se irmana com os anseios que lhe são subjacentes a uma rebeldia ancestral, que se impregna da alma inclusive de mulheres e homens que mesmo com uma idade já avançada, jamais envelhecem.
Como cidadão amazônico que compreende a realidade dentro de uma perspectiva humanista, também fui às ruas e praças, ver o que se passa nesta cidade que tanto amo.
Fascistas, não passarão!
Porto, Setembro de 2018
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