Ouço "Om Gam Ganapataye Namaha Sharanan Ganesha". E me deixo ir por sobre uma espécie de névoa que encobre os telhados dos pequenos prédios do Marquês. Enquanto isso, um pequeno grão de areia desenha no ar um poema de alma infinita. Da janela de meu quarto, vejo o Porto amanhecer da mesma forma que anoiteceu e madrugou: chuva, entre 15º e 18º. Minha cama sente a falta do corpo de meu filho, com quem adormeci estes últimos quinze dias em que ele cá esteve. Algures, na Alemanha, agora, ele pedala em direção à sua escola, há cerca de 6 quilômetros de sua casa, numa pequena aldeia da Baixa Saxônia. Com este tempo lacrimoso, contenho o mar de meu coração, para que ele não inunde de todo a vida que afinal de contas precisa respirar fundo. E seguir adiante... (Porto, 15/10/2018). Ganapataye!
Será no dia 26 de março de 2025, na sede da Associação Observalicia, em Braga, a segunda sessão das “Vivências do Cinema de Guerrilha – Resistência Climática”. Organizada por essa associação sem fins lucrativos, dedicada à pesquisa e atuação em alimentação, tecnologia e ecologia social, a ação propõe uma imersão no audiovisual como ferramenta de resistência e transformação social. Vamos continuar a trabalhar juntos na construção coletiva de filmes que denunciem as urgências climáticas e ecológicas atuais. A oficina busca democratizar o acesso ao cinema, utilizando tecnologias acessíveis, como celulares, para que comunidades e indivíduos possam contar suas próprias histórias e fortalecer sua luta ambiental. Como facilitador, trago minha experiência no cinema amazônico, onde venho desenvolvendo pesquisas e produções voltadas para a resistência cultural e ecológica. Como criador e curador do Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA), sigo explorando as estéticas de guerrilha,...
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