Ouço "Om Gam Ganapataye Namaha Sharanan Ganesha". E me deixo ir por sobre uma espécie de névoa que encobre os telhados dos pequenos prédios do Marquês. Enquanto isso, um pequeno grão de areia desenha no ar um poema de alma infinita. Da janela de meu quarto, vejo o Porto amanhecer da mesma forma que anoiteceu e madrugou: chuva, entre 15º e 18º. Minha cama sente a falta do corpo de meu filho, com quem adormeci estes últimos quinze dias em que ele cá esteve. Algures, na Alemanha, agora, ele pedala em direção à sua escola, há cerca de 6 quilômetros de sua casa, numa pequena aldeia da Baixa Saxônia. Com este tempo lacrimoso, contenho o mar de meu coração, para que ele não inunde de todo a vida que afinal de contas precisa respirar fundo. E seguir adiante... (Porto, 15/10/2018). Ganapataye!
Entre a poesia das ruas de Bragança e o pulsar da juventude carnavalesca, o bloco Cavalo de Troia anuncia seu retorno. Ausente desde o início da pandemia, o grupo se reorganiza para voltar à avenida com força total, prometendo até 2.000 abadás e a mesma espontaneidade que marcou seus primeiros carnavais. O Cavalo de Troia é um dos blocos mais irreverentes do carnaval. Inspirados na história grega, eles construíram um enorme cavalo de madeira que, em vez de esconder soldados, vinha recheado de cajuaçi, que é uma bebida tradicional de Bragança. A bebida era distribuída pela traseira da estrutura enquanto os foliões, vestidos de espartanos, empurravam o cavalo pelas ruas. A criatividade do bloco chamou atenção da cidade, ganhou repercussão na mídia e se tornou um destaque do carnaval bragantino, unindo sátira, cultura popular e muita brincadeira. Raízes na Juventude, Entre Amizades e Fantasias - A história do Cavalo de Troia começou como uma brincadeira entre amigos do bairro da Aldeia. E...


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