Qual não foi a minha surpresa quando encontrei aqui no Porto uma vizinha de Bragança do Pará, a minha amiga Cilene Amujacy.
Em companhia de seu amigo, também psicólogo, Lucivaldo Oliveira, Cilene estava por um tour pela Europa, tendo pousado em Lisboa, passado por Aveiro, e visitou o Porto antes de seguir até Paris.
Encontramos numa bela tarde de verão na praça doas Aliados, depois caminhamos até a praça da República, para participar do ato contra o Racismo.
Foi uma agradável tarde que serviu para fortalecer uma bela amizade além de conquistar novos amigos e amigas dedicados à causas sociais e artísticas, como a minha amiga Zeza Guedes, o César, a Alice, e a Adelaide.
De seguida estivemos a ver um espetáculo de rua no âmbito do Festival Internacional de Circo do Porto, na praça dos Poveiros, onde sentamos por alguns instantes para conversar e apreciar o movimento frenético deste final de estação.
Cilene é psicóloga do Hospital Santo Antônio Maria Zacarias, em Bragança do Pará, cujos servidores, aliás, eu sou imensamente agradecido pelo acolhimento e tratamento em tempos que mais precisei.
Feminista e humanista, Cilene tem carisma e liderança política, tendo inclusive editado um jornal no Município de Bragança há alguns anos atrás.
É uma pessoa discreta e gosta da natureza, sempre que pode, desloca-se a verdadeiros paraísos terrestres que existem em Bragança junto com amigos para melhor viver a vida.
Seu amigo Lucivaldo é também paraense, mas mora em São Paulo, super simpático, e sincero.
Tem opiniões éticas sobre arte e política.
Mal o conhecemos e logo somos atraídos pela sua empatia.
Deve ser um bom companheiro de estrada nesta viagem que Cilene se permitiu fazer, mas ainda preocupada com a situação de saúde de sua mãe, a matriarca dos Amujacy, que esteve internada para tratamento depois de uma queda.
Que Deus logo reestabeleça a saúde de Dona Muja, pessoa que estimamos, e de quem temos imensa saudade, principalmente dos tempos em que tomávamos café á janela da casa em que eu habitava em Bragança, e de onde “atendia” meus amigos que passavam pela Rua Marechal Floriano Peixoto, entre estes Dona Muja, Dona Maria, Cleudir, Juruca, e todos aqueles por quem nutrimos nossos melhores sentimentos e cuja amizade somos agradecidos ...
Falar com Cilene no Porto foi trazer minha terra à memória, porque na verdade ela já está em meu coração.
Eu amo Bragança.
Francisco Weyl
César, Aveiro, 27 de Setembro de 2018
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