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Mostrando postagens de janeiro, 2021

A Cabanagem no Cinema Amazônida

Glauber Rocha está vivo no coração da Amazônia. Cheguei a esta conclusão depois que assisti “Cabanos” (BR, 2009, Digital, 60 Min), filme do professor Sebastião Pereira, que ministra aulas de História no Temístocles de Araújo (T.A.), escola pública localizada no bairro da Marambaia. A obra é necessariamente um contraponto a tudo o que até hoje tem sido realizado no cinema paraense, cuja estética reproduz velhos padrões impostos por culturas dominantes. A partir de uma família de ribeirinhos, “Cabanos” revela de forma poética a única experiência revolucionária na qual o povo tomou o poder no país. Mesmo com todas as suas contradições, este fato histórico - junto com a guerrilha do Araguaia - nos coloca a nós, paraoaras, na vanguarda das lutas pela liberdade e pelos direitos dos povos e das comunidades tradicionais. Quando um cineasta se dispõe a revisar um fato histórico numa perspectiva artística, ele tem consciência do óbvio, ou seja: realidade e ficção são duas substâncias het