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Mostrando postagens de julho, 2021

CRÔNICAS BRAGANTINAS: 45 dias de ajuruteua

  Mudei-me para Ajuruteua no dia que tomei a primeira dose da Astrazeneca, mas não estava nenhum pouco de corpo mole, antes, ao contrário, entusiasmado, por mudar de cidade e em certo sentido, mudar de vida. Habitava uma kitnet no centro de Belém, espaço pequeno e calorento, que dividia com Roberta Mártires, sendo que ela também fez esta viagem comigo até a praia, onde hoje, depois de um mês e meio, consigo esboçar os primeiros relatos sobre este processo. Processo porque a vida em si é uma construção, em mutação. Nômade por excelência, hoje estou a fazer uma coisa que eu sempre quis fazer que é morar na praia. Quando chegamos, encontrei a Casa do Professor desabitada, em razão da pandemia, raramente havia hóspedes por aqui, que tanto acolhemos, e nem pessoas da família. A Casa tem este nome por causa de meu falecido irmão, Nonato, que teve uma parada cardíaca enquanto ministrava aulas, um choque para todos. Ainda guardamos o capacete vermelho que meu irmão usava, hoje, sím