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Mostrando postagens de junho, 2025

Cláudio Barradas: Do lugar onde se vê o último Ato

A partida do Cláudio Barradas encerra um ciclo do teatro paraense.   Assim como foi, há cerca de vinte anos, a partida do Luiz Otávio Barata. Entre um e outro adeus, perdemos também muitos outros. Atrizes e atores que, como eu, foram crias desses dois mestres — Cláudio e Luiz Otávio — que, ao lado de Geraldo Salles e Ramon Stergman, compuseram, ali entre meados da década de 1970 e o início da de 1980, um respiro vital para o teatro feito em Belém do Pará. Era um tempo de afirmação. Um tempo em que se confundiam os passos da cena  teatral  com a própria origem da Escola de Teatro da Universidade Federal do Pará. Cláudio foi, sem dúvida, uma escola dentro da escola.   Passar por ele era passar pelo rigor, pela entrega, pela sensibilidade.   E, claro, pelo amor à arte. Os que o tiveram como mestre — nas salas da Escola Técnica, no Teatro do Sesi , mesmo nos ensaios, onde eu ficava à espreita, para aprender, em espaços acadêmicos, institucionais ou alternativos...

CARTA À FADESP – SOLICITAÇÃO DE INFORMAÇÕES E PROVIDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS – PRÊMIO PNAB 2025

Venho, por meio desta, na qualidade de proponente contemplado no   Prêmio PNAB 2025 , no âmbito do   Edital nº 05/2025 – Circulação – Modalidade Audiovisual (Plataformas, Streaming, Acervos e Festivais) , solicitar, de maneira respeitosa,   informações claras, objetivas e formais sobre a tramitação do meu processo , bem como sobre os prazos relacionados à assinatura dos termos e à liberação dos respectivos pagamentos. Desde o dia  5 de junho de 2025 , encaminhei todos os documentos exigidos, cumprindo rigorosamente os prazos e os procedimentos solicitados. No entanto, tenho recebido, de forma reiterada, solicitações para reenviar documentos já devidamente entregues e protocolados, sem que haja uma explicação objetiva sobre eventuais pendências ou necessidade de correções. É compreensível que processos dessa natureza demandem rigor administrativo, mas acredito que a  transparência, a boa comunicação e o respeito mútuo são fundamentais para assegurar um relacionam...

Crimes ambientais ameaçam a Amazônia paraense e exigem ação firme

O Pará, estado que abriga grande parte da Floresta Amazônica, enfrenta graves problemas ambientais que afetam tanto a natureza quanto a vida das comunidades locais. Desmatamento ilegal, poluição de rios, mineração irregular e sem controle, além da exploração predatória da floresta, são algumas das ameaças mais recorrentes que colocam em risco não apenas o meio ambiente, mas também o futuro de quem vive da floresta. A legislação brasileira, por meio da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), define e pune uma série de condutas que causam danos ao meio ambiente. Entre os crimes mais comuns estão a destruição da vegetação nativa, a caça e pesca ilegais, o despejo de resíduos tóxicos e a ocupação irregular de áreas protegidas. Mesmo com uma legislação robusta, casos emblemáticos continuam a evidenciar a gravidade do problema e a mostrar o impacto direto dessas práticas. Um dos exemplos mais conhecidos é o da mineradora Hydro, em Barcarena, que vazou rejeitos de bauxita, contaminand...

Marambaia constrói protagonismo periférico rumo à COP30 com trabalho de base e construção coletiva

Belém (PA) — Em meio à crise climática global e ao avanço de grandes projetos que invisibilizam as periferias, a comunidade da Marambaia, em Belém, reafirma sua potência como território de resistência, cultura e luta política. No próximo dia 7 de junho, às 19h, a Confraria do Jota, coração cultural da Marambaia, sedia o debate “Terra em Alerta, Corpos em Pé: Caminhos de Resistência até a COP30”, reunindo artistas, ativistas, educadores e representantes comunitários para discutir estratégias locais frente à COP30 — que ocorrerá em Belém em 2025 — e fortalecer o protagonismo periférico na construção de políticas públicas. Esse debate não é um ponto isolado, mas fruto de um processo coletivo que começou em 2023, durante a II Feira do Livro Artesanal da Amazônia, quando artistas, professores, lideranças comunitárias e movimentos populares fundaram o Fórum Permanente de Políticas Públicas Periféricas Marambaia COP30. Desde então, o Fórum vem tecendo uma teia de encontros, oficinas e grupos ...