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de como a compreensão de minha obra desperta nos homens medíocres um esforço compulsivo ao medo de olhar a filosofia metafísica como um sonho

só os homens verdadeiros compreendem a minha obra
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é para eles que a construo, é por eu próprio que a destruo:  eu sei que eu crio para poucos
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os homens que não me compreendem não me serão melhores nem piores: diferentes
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esta diferença será o sintoma clássico da distância entre a minha universalidade e a minha unicidade
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eu faço filmes poéticos porque não posso fugir à poesia
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foi a poesia que nasceu e simultaneamente criou nos meus instintos primários os meus instintos primários
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estes instintos estão à priori de minha universalidade e unicidade
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os meus instintos primários fazem-me ser o que eu sou
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os meus instintos primários manifestam-se nos filmes poéticos de minha estética
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a poesia estará no espírito de minha arte: é só a partir dela que farei cinema
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nunca trocarei a minha tragédia pelo meu discurso
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© Carpinteiro


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