Pular para o conteúdo principal

Morre aos 53 anos Afonso Gallindo

   A arte e a cultura sempre estiveram presentes na trajetória do diretor e produtor audiovisual, publicitário, jornalista e militante cultural Afonso Gallindo.

  Iniciou sua trajetória como ator de teatro amador, ainda em Belém. Quando regressou ao Rio de Janeiro, cidade natal, além de fazer curso técnico de comunicação com habilitação em publicidade, atuou como assistente de produção de teatro e dança, assistente administrativo teatro Ziembiński (RJ), entre outras atividades.

  Ao regressar a Belém ingressou em uma agência de publicidade como arte-finalista e então começou a ampliar seus horizontes: produtor de Rádio/TV/Cinema (RTVC), produtor gráfico, diretor de arte até compor dupla de criação e assim administrar na época a carteira de uma das maiores empresas de varejo da região Norte do Brasil.

  Foi quando recebeu o chamado de uma antiga paixão: o cinema. Trabalhou como assistente de produção, produtor e coordenador de produção em diversas películas e produções em vídeo, locais, nacionais e internacionais independentes. Na publicidade e propaganda, trabalhou em uma produtora de vídeo local, onde iniciou como produtor, ascendendo a coordenação de produção e finalmente direção de diversos vídeos publicitários e documentários institucionais. Paralelamente, iniciou carreira como diretor autoral e independente, dirigindo documentários e peças publicitárias.

  Enveredou pela militância audiovisual, participando de entidades no âmbito estadual, regional e nacional, contribuindo na reflexão sobre as diferenças e especificidades existentes no audiovisual brasileiro produzido na região Norte do país.

  Dirigiu também shows e musicais para teatro. Participou em diversos coletivos de arte e cultura, não somente na capital do Pará, como em outras cidades do estado e também na região Norte do Brasil.

  Compôs a equipe do extinto Instituto de Artes do Pará (IAP), sendo técnico de audiovisual e gerenciando também o Núcleo de Produção Digital do Pará (NPD Pará).

  Em 2017 graduou-se em Jornalismo. Neste mesmo período, estagiou na Representação Regional Norte do MinC (RRN), contribuindo na reformulação de seu site e na ampliação de participação de redes sociais do escritório regional.

  Paralelamente, foi convidado para a reformulação estética e implantação TV aberta da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), contribuindo no canal aberto (UHF/Digital), passando então a integrar a equipe de comunicação da Casa, onde contribui como gerente de conteúdo da Tv Alepa e institucional no Portal Alepa.

FONTE: https://gallindo.wixsite.com/afonsogallindo/cultura



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Panacarica: dois Anos sem Rô, mas a eternidade ainda Navega

A água que cai do céu é fina, serena e funda, como quem sabe o que está fazendo. Cada gota que pinga sobre o rio carrega uma ausência. Há ruído de motor ao longe — daqueles pequenos, que levam a vida devagar. Mas hoje ele soa diferente: parece triste. E é. Ele carrega uma notícia que ecoa por entre os igarapés: Romildes se foi.   Amazônia não costuma anunciar luto com alarde. Ela simplesmente se emudece. A várzea fica quieta. A floresta para um pouco. Os pássaros cantam mais baixo. É assim quando vai embora alguém que é raiz, tronco e folha do território. Foi assim quando partiu Romildes Assunção Teles, liderança forjada na beira do rio e na luta coletiva.   Ele não era homem de tribuna nem de terno. Era homem de remo, de rede armada, de panela no fogo e conversa sincera. Era homem de olhar adiante, de palavra pensada, de gesto largo. Era Panacarica. Chovia em Campompema quando recebi a notícia. A chuva, sempre ela, orquestrando silêncios no coração da várzea. Era como se o ri...

Cinema de Guerrilhas volta a Braga para segunda Edição

 Será no dia 26 de março de 2025, na sede da Associação Observalicia, em Braga, a segunda sessão das “Vivências do Cinema de Guerrilha – Resistência Climática”. Organizada por essa associação sem fins lucrativos, dedicada à pesquisa e atuação em alimentação, tecnologia e ecologia social, a ação propõe uma imersão no audiovisual como ferramenta de resistência e transformação social. Vamos continuar a trabalhar juntos na construção coletiva de filmes que denunciem as urgências climáticas e ecológicas atuais. A oficina busca democratizar o acesso ao cinema, utilizando tecnologias acessíveis, como celulares, para que comunidades e indivíduos possam contar suas próprias histórias e fortalecer sua luta ambiental. Como facilitador, trago minha experiência no cinema amazônico, onde venho desenvolvendo pesquisas e produções voltadas para a resistência cultural e ecológica. Como criador e curador do Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA), sigo explorando as estéticas de guerrilha,...

Entre aforismos e reflexões sobre a existência - análise crítica da obra de Jaime Pretório

A obra, mesmo não sendo uma extensão do artista ou propriedade do público que a ressignifica, é uma potência inerente e transcendente ao próprio artista, entretanto, um escritor, como, em geral, um artista, não se resume ao que ele escreve, ao que ele concebe. A obra de Jaime Pretório, em especial sua coletânea “1000 Aforismos recortes de uma vida” vai além das palavras e das ideias que ele usa para expressar sua ampla reflexão sobre a condição humana, nestes tempos em que já nem sabemos ao certo se sobre ou sub vivemos. Nesta obra, o autor discorre sobre questões cotidianas, convocando-nos a uma jornada de introspecção, a partir de aforismos sobre normas sociais, dogmas religiosos, convenções filosóficas, mensagens poéticas. L er o autor impõem-nos desafios, ainda que na sua estilística aforística ,  o sinta gma  frasal se encerre em si próprio ,   através de  uma mensagem fragmentária, no caso d e  Pretório, uma mensagem fragmentária sobre os diversos temas qu...