Hoje minha Tia Cirene Maria da Silva Guedes faria aniversário se não tivesse nos deixado logo depois de lançar seu único livro de poemas, cuja história narrei em uma crônica publicada em meu blog.
Nem lembrava do aniversário dela, foi minha irmã Raimunda Weyl que postou uma foto da titia no grupo da família.
Aiinda estou me devendo um filme sobre a Tia Cirene, os espólios que estão arquivados numa caixa de papelão aqui em casa, documentos, fotos, objetos tradutores de memórias, que evocam afetos de nossa ancestralidade (e eu filmei o velório dela, "Um minuto de silêncio pela poesia", e fiz uma fala sobre ela num curta metragem realizado por jovens da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, dois projetos audiovisuais que circulam no Youtube).
Mas este filme, ainda quero fazer, um sonho, materializar o filme da titia, vai rolar, eu sei, porque tb a arte acontece quando intencionamos e nesta tensão entre sonhar e realizar há um processo que nem sempre depende de nós, porque, ainda que tudo dependa da gente, nada depende de nós, há um movimento dinâmico entre pensar e fazer, estruturas hão de ser movidas, silêncios gritados, etc, nem sempre é o dinheiro que vai determinar este processo criador, que mesmo subordinado à materialidade, mesmo dependente dos instrumentos físicos, ainda que carente de recursos financeiros, este processo tem uma riqueza própria, que reside no que dele retiramos, mas nunca para nós, eu aceito, eu recebo, eu agradeço, eu perdoo, eu peço perdão.
O filme segue narrado, por enquanto.
Quem quiser ler a crônica citada neste texto, o link
https://carpinteirodepoesia.blogspot.com/search?q=cirene+maria+da+silva+guedes+
E quem desejar ver os vídeos referidos
LINK 1
LINK 2
27.11.2023
CARPINTEIRO DE POESIA
FOTO: RAIMUNDA WEYL
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