Belém, 20 de maio de 2025 – Em reunião de caráter informal realizada na sede da Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA), foi entregue à comunidade paraense a obra Uma Viagem Poética, resultado da segunda edição do Concurso Literário Mandicueira, promovido pela Academia de Letras do Brasil – Seccional Bragança do Pará. O momento marcou não apenas a publicação da coletânea, mas também a reafirmação da força literária bragantina e o papel transformador da literatura como expressão viva dos territórios amazônicos.
O encontro contou com a presença de Jorge Panzera (presidente da IOEPA) e Moisés Alves (diretor da Editora Dalcídio Jurandir), além dos acadêmicos da ALB Francisco Weyl (Cadeira 35, Patrono Cônego Raymundo Ulisses de Albuquerque Pennafort) e Roberta Mártires (Cadeira 49, Patrono Eimar Tavares), que representaram a entidade em diálogo ativo e reflexivo sobre os rumos da literatura no Pará.
Durante a conversa, os presentes discutiram as perspectivas das academias de letras como espaços vivos de produção cultural e reflexão crítica, e destacaram o papel da Editora Dalcídio Jurandir na inserção anual de dezenas de autores paraenses nas estantes e nos circuitos literários. Também foram ressaltadas as ações contínuas da ALB Bragança, como o Mandicueira, a Escola de Poetas e o projeto ALB vai à Escola, voltados à formação de leitores e escritores nos territórios periféricos e educacionais da região.
A coletânea Uma Viagem Poética reúne as obras premiadas do Concurso Mandicueira 2023, contemplando as categorias “Público Geral” e “Educação Básica”. Sessenta autores bragantinos, entre jovens e veteranos, têm agora suas vozes impressas em livro, fortalecendo a identidade poética da Pérola do Caeté. O concurso reafirma o compromisso da ALB em atuar onde faltam políticas públicas culturais, preenchendo lacunas e criando novas possibilidades para o fazer literário local.
O projeto já publicou, entre a primeira e a segunda edição, cerca de 60 autores, e com a editoração da terceira edição e a chamada da quarta edição deste Concurso, esse número deve se aproximar de 120 autores publicados — um dado que revela a potência criativa e o compromisso com a formação de novos escritores e a consolidação de talentos locais.
A publicação da obra foi realizada pela Editora Dalcídio Jurandir em parceria com a Arte Usina Caeté, e acompanhada ainda do lançamento da revista literária #ABragantina — ambas com concepção editorial e gráfica sob a responsabilidade de Francisco Weyl, também jornalista e realizador.
O tom informal do encontro não retirou a densidade simbólica do momento: tratou-se da celebração concreta de um projeto que, em meio a tantos desafios enfrentados pela cultura, entrega à sociedade o testemunho poético de uma cidade em movimento — Bragança do Pará — através de suas palavras, memórias e afetos.
Francisco Weyl
(Cadeira 35, Patrono Cônego Raymundo Ulisses de Albuquerque Pennafort)
Comentários