Buscapé Blues mostra a sua riqueza poética e musical no Andarilho das Galáxias.
O CD trás variados estilos, canções e baladas, que vão do brega ao funk, do
samba ao reggae, do soul ao blues.
Sob a influência de Raul Seixas e de outros rokeyros não menos undergraunds, Buscapé Blues faz um som essencialmente urbano e com um toque absolutamente rural.
Seus poemas e melodias são fáceis: ele tem a simplicidade e a profundidade dos grandes poetas.
Suas letras são crônicas de uma realidade angustiante: através delas, tece a teia da crítica social, com o humor típico dos profetas que sorriem da vida. Seus acordes têm a singeleza das harpas gregas: suas músicas são lúdicas como os jogos infantis, divertem-nos. Seus temas são necessariamente ambíguos e paradoxais, fazem-nos refletir e rir: amor e ódio, filosofia e ironia, hipocrisia e desejo, prazer e violência, política e sacanagem, heroísmo e porcaria, história e mentira, virtude e vício, mar e morte, etc.
Identificado com as contradições das vivências humanas, o poeta fala a língua das comunidades periféricas da nova ordem global. Buscapé Blues faz da Marambaia a sua própria lua, retirando-a do espaço físico sideral para a sua matemática musical, migrando-a da condição de satélite periférico para o centro de um sistema solar, onde ele, e só ele só, Buscapé Blues, é o astro-rei.
O andarilho das galáxias anda nas crateras da Marambaia, juntando-se a pessoas desconhecidas em noites esquecidas e em dias amanhecidos. Na Marambaia, quem não sabe, já ouviu falar do noturno Buscapé Blues: ali ele já se tornou um mito idolatrado. Ele conhece o bairro como ninguém, faz dele o seu habitat. Buscapé Blues vive com jovens que não têm mais nada a perder, mas que ainda estão dispostos ao amor e à liberdade. São meninos e meninas, dos quais retira, e oferece-lhes, com reciprocidade, e generosidade, a matéria bruta do poema, nascido e sangrado na Marambaia.
É nesse encontro da poesia com o ritual social que Buscapé Blues semeia e colhe os seus sonhos e as suas canções. Mas há quem considere desterrá-lo ao ostracismo da não execução: já não se consegue escutar nada além do que é imposto pela indústria fonográfica. Estão, pois todos surdos. E cegos.
Os artistas, entretanto, estão à margem desse lixo. Buscapé Blues tem no sangue o som e o silêncio, os rumores e os ritmos das ruas. É pop. Tanto quanto Wharol. A diferença é que o americano comia bem e rapidamente vendeu-se aos média para ganhar dinheiro e fama com o glamour da crítica e da academia. Buscapé Blues nasceu pobre, mas a sua pobreza é de carne, não de espírito. Não lhe enfraquece a alma, fortalece-lhe a essência existencial. Sem ter para onde ir, faz abrigo da casa de amigos dispostos a recebê-lo. E mesmo assim não se passa para o outro lado. A simplicidade de sua personalidade não lhe permite titubear, se viver entre os loucos e desprezados ou posar de feliz ao lado dos burgueses. Oxalá conceda aos homens a benção de ouvir este Santo.
A música brasileira revela, diariamente, uma riqueza infindável de artistas. Eles surgem nas ruas e nas escolas de música, realizando uma fusão de estilos típica de toda a tradição cultural brasileira, absorvendo influências que vão dos clássicos aos populares.
Entre esses artistas, o músico Buscapé Blues diferencia-se pela sua ligação (direta) ao imaginário das populações periféricas, a partir do qual cria as suas obras, identificadas com o cotidiano de homens e mulheres anônimos que são a cara oculta do Brasil.
A originalidade de Buscapé é própria dos corações e mentes de adolescentes, com os quais atua na qualidade de arte educador, compondo canções bem humoradas e com fortes componentes de críticas sociais.
Sob a influência de Raul Seixas e de outros rokeyros não menos undergraunds, Buscapé Blues faz um som essencialmente urbano e com um toque absolutamente rural.
Seus poemas e melodias são fáceis: ele tem a simplicidade e a profundidade dos grandes poetas.
Suas letras são crônicas de uma realidade angustiante: através delas, tece a teia da crítica social, com o humor típico dos profetas que sorriem da vida. Seus acordes têm a singeleza das harpas gregas: suas músicas são lúdicas como os jogos infantis, divertem-nos. Seus temas são necessariamente ambíguos e paradoxais, fazem-nos refletir e rir: amor e ódio, filosofia e ironia, hipocrisia e desejo, prazer e violência, política e sacanagem, heroísmo e porcaria, história e mentira, virtude e vício, mar e morte, etc.
Identificado com as contradições das vivências humanas, o poeta fala a língua das comunidades periféricas da nova ordem global. Buscapé Blues faz da Marambaia a sua própria lua, retirando-a do espaço físico sideral para a sua matemática musical, migrando-a da condição de satélite periférico para o centro de um sistema solar, onde ele, e só ele só, Buscapé Blues, é o astro-rei.
O andarilho das galáxias anda nas crateras da Marambaia, juntando-se a pessoas desconhecidas em noites esquecidas e em dias amanhecidos. Na Marambaia, quem não sabe, já ouviu falar do noturno Buscapé Blues: ali ele já se tornou um mito idolatrado. Ele conhece o bairro como ninguém, faz dele o seu habitat. Buscapé Blues vive com jovens que não têm mais nada a perder, mas que ainda estão dispostos ao amor e à liberdade. São meninos e meninas, dos quais retira, e oferece-lhes, com reciprocidade, e generosidade, a matéria bruta do poema, nascido e sangrado na Marambaia.
É nesse encontro da poesia com o ritual social que Buscapé Blues semeia e colhe os seus sonhos e as suas canções. Mas há quem considere desterrá-lo ao ostracismo da não execução: já não se consegue escutar nada além do que é imposto pela indústria fonográfica. Estão, pois todos surdos. E cegos.
Os artistas, entretanto, estão à margem desse lixo. Buscapé Blues tem no sangue o som e o silêncio, os rumores e os ritmos das ruas. É pop. Tanto quanto Wharol. A diferença é que o americano comia bem e rapidamente vendeu-se aos média para ganhar dinheiro e fama com o glamour da crítica e da academia. Buscapé Blues nasceu pobre, mas a sua pobreza é de carne, não de espírito. Não lhe enfraquece a alma, fortalece-lhe a essência existencial. Sem ter para onde ir, faz abrigo da casa de amigos dispostos a recebê-lo. E mesmo assim não se passa para o outro lado. A simplicidade de sua personalidade não lhe permite titubear, se viver entre os loucos e desprezados ou posar de feliz ao lado dos burgueses. Oxalá conceda aos homens a benção de ouvir este Santo.
A música brasileira revela, diariamente, uma riqueza infindável de artistas. Eles surgem nas ruas e nas escolas de música, realizando uma fusão de estilos típica de toda a tradição cultural brasileira, absorvendo influências que vão dos clássicos aos populares.
Entre esses artistas, o músico Buscapé Blues diferencia-se pela sua ligação (direta) ao imaginário das populações periféricas, a partir do qual cria as suas obras, identificadas com o cotidiano de homens e mulheres anônimos que são a cara oculta do Brasil.
A originalidade de Buscapé é própria dos corações e mentes de adolescentes, com os quais atua na qualidade de arte educador, compondo canções bem humoradas e com fortes componentes de críticas sociais.
O ANDARILHO
DAS GALÁXIAS desperta nos corações e mentes sentimentos coletivos de
criatividade e de crítica às contradições sociais, comungando com a plateia a
sensação de liberdade artística, partilhando dos imaginários coletivos de
crítica social, divulgando o rock, o blues, o reggae e o rap como instrumentos
de conscientização, tomando parte da catarse coletiva da espiritualidade dos
ritmos musicais.
Estas canções
foram reunidas no seu último trabalho, o CD “ANDARILHO DAS GALÁXIAS”, que dá
nome ao show que Buscapé Blues tem realizado na cidade de Belém.
Gravado
com o apoio do Núcleo de Produção Cultural da UFPA, este CD foi editado através da Revista
PARÁ ZERO ZERO, à altura dirigida pelo seu criador, o poeta Francisco WEYL.
FICHA
TÉCNICA DO CD:
...
FICHA TÉCNICA DO CD:
Buscapé Blues - Voz
André Macleury - Guitarra , Cavacolim, Slide , Berimbau , Flauta Doce , Gaita , Vocal
Junior Lobo - Baixo
Auri Menezes - Violão
Mauro Vaz- Bateria
Gravado no período de Dezembro de 2003 a Janeiro de 2004 no Studio Alquimia Digital
Mixagem: Jeremias
Produção: NPC – NÚCLEO DE PRODUÇÃO CULTURAL
FICHA TÉCNICA DO CD:
Buscapé Blues - Voz
André Macleury - Guitarra , Cavacolim, Slide , Berimbau , Flauta Doce , Gaita , Vocal
Junior Lobo - Baixo
Auri Menezes - Violão
Mauro Vaz- Bateria
Gravado no período de Dezembro de 2003 a Janeiro de 2004 no Studio Alquimia Digital
Mixagem: Jeremias
Produção: NPC – NÚCLEO DE PRODUÇÃO CULTURAL
Produção Executiva: Francisco Weyl
Arte capa: RILKE
Todas as músicas são de autoria de Edwaldo Henrique Lourenço,
Buscapé Blues
TEXTO PRODUZIDO POR Carpinteiro de Poesia em 2003
Comentários