Pular para o conteúdo principal

FICCA terá troféus criados por Paulo Emmanuel

 


O artista, jornalista, e caricaturista, Paulo Emmanuel, vai criar os quatro troféus, que serão concedidos pelo V Festival Internacional de Cinema do Caeté – FICCA, em 2020.

Pela segunda vez consecutiva, o festival ocorre no Porto, Portugal, e em Capanema e Bragança, no Pará, onde nasceu, ás margens do Rio Caeté.

E, este ano, o FICCA homenageia ativistas culturais e de direitos humanos paraenses  amazônidas, que morreram em consequência da Pandemia.

Apesar de não ser um festival de natureza competitiva, o FICCA optou pela confecção dos troféus de forma a valorizar a luta pela defesa de direitos na Região.

“A Amazônia é a cereja do bolo das corporações militares e dos grandes grupos econômicos que decidem as políticas públicas internas e as relações diplomáticas do Brasil com os países mais ricos do mundo, razão pela qual os interesses que estão em jogo na Região são capitais para a luta política que travamos de forma criativa e do combate que fazemos com este festival em rede solidária de parceiros como o artista Paulo Emanuel, também ele um ativista cultural da panamazônia”, esclarece o criador e curador do FICCA, Francisco Weyl.

 

PAULO EMMANUEL

Nascido em Manaus e radicado em Belém, Paulo Emanoel atua com arte gráfica, diagramação e ilustração de livros, caricatura, modelagem, escultura em miriti e massa de biscuit, animação em stopmotion.

É um cartunista com uma longa história, desde a década de 1980, com fanzines  revistas impressas como Pentelho, Humor Sapiens, PUM, ZambraZine, tendo sido cartunista da página dominical Xibé  (A Província do Pará), ao lado de Rony, Junior Lopes, Atorres, J. Bosco, Biratan Porto, Ropi, Luiz Pinto, Félix, e Walter Pinto.

Também fez diversas ilustrações e designers para livros infantis, e de adultos, organizou exposições de cartuns, e conquistou prêmios em salões locais, nacionais e internacionais, como Bélgica e Piracicaba.

Em sua trajetória inquieta e inconformada, professasse bicolor, com muito orgulho, e muito amor.

 

HOMENAGEADOS

O festival batizou os prêmios com os nomes de ativistas políticos e culturais:

Longa Metragem: Padre Bruno Sechi, criador da República de Emaus, e defensor dos direitos das crianças e adolescentes;

Média Metragem: Cláudio Cardoso, escritor e cordelista, ativista cultural literário, defensor dos direitos dos escritores paraenses;

Curta Metragem: Egídio Sales Filho, advogado defensor de grandes causas de direitos humanos no Pará, desde o caso dos padres e posseiros do Araguaia.

Além destes prêmios, o FICCA também distingue o cinema documental, que entretanto vai homenagear outro ativista de direitos negros, afroreligiosos, e de trans, e que faleceu antes do Covid (Arthur Leandro)

REALIZAÇÃO

Realizado pelo Cineclube Amazonas Douro, em parceria com a Escola Superior Artística do Porto, o V FICCA tem apoio do Centro Cultural Cineclube Casa do Professor Praia de Ajuruteua - Bragança; Holofote Virtual; Associação Cultural de Capanema; Academia de Letras do Brasil – Seccional Bragança; ECATU; Rosa Luxemburgo (Centro Cultural e Biblioteca Comunitária); Coletivo Cultural Águas do Caeté; Instituto Saber-Ser Amazônia Ribeirinha; Rádio Web Idade Medi@; Associação Remanescente Quilombola do América; Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos; Associação Nacional de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde; Conselho Nacional dos Cineclubes Brasileiros – CNC.

INSCRIÇÕES E PRÊMIOS

O V FICCA recebe inscrições até o dia 7 de Setembro, sendo os prêmios enviados a partir de Belém, até o final de Março de 2021.

Mais informações em ficcacinema@gmail.com / 0351936997887



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

COM APOIO DA JUVENTUDE PERIFÉRICA, EDUCADORA SOCIAL NEGRA PLEITEIA PREFEITURA DE BELÉM

A eleição de Wellinta Macedo vai mudar o cenário político e social de Belém do Pará, com a proposta de uma gestão responsável, transparente e democrática, atenta à demandas das classes exploradas e excluídas. Uma simples olhada na sua minibiografia política, social e cultural revela que Wel – como é carinhosamente conhecida – vai fazer a diferença nestas eleições. Mãe- solo, tem dois filhos, Ernesto e Leon, ambos estudantes de escola pública, esta mulher negra, periférica, é educadora social, jornalista, crítica e atriz, além de militante dos movimentos de mulheres e movimentos negros e culturais. Ela milita há 17 anos no PSTU, tendo colocado seu nome à disposição do partido em duas campanhas, tendo sido candidata à vereadora, em 2016, e à deputada Federal, em 2022. No Movimento Negro, constrói o Quilombo Raça e Classe Nacional, sendo que, desde 2013, realiza a Marcha da Periferia, em alusão ao Novembro Negro na Terra Firme. Ela também participa de rodas de conversas, mesas

Fórum COP30 da Marambaia realizará primeira reunião na Gleba 1

A comunidade do bairro da Marambaia toma para si as rédeas dialógicas sobre as questões climáticas ambientais que têm sido pautadas pelas diversas nações assinantes da Convenção-Quadro da ONU sobre mudança climática. Avaliar a situação das mudanças climáticas no planeta implica também RE-conhecer e respeitar as realidades locais como estratégia Amazônica sobre mudança climática. Mais que estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera que constitui grande ameaça climática planetária, a Marambaia quer desenvolver metodologias alternativas de participação popular neste processo. A Marambaia é um dos bairros mais arborizados de Belém, em razão da sua privilegiada localização, com florestas, rios, igarapés, canais, além das dezenas de praças dos conjuntos habitacionais edificados no bairro. As diversas estruturas hoje existentes na comunidade resultam de lutas populares por melhores condições de vida e trabalho com dignidade, do mesmo modo, a pujante cena cultural local reflet

Pela construção do OBSERVATÓRIO & FESTIVAL DOS FESTIVAIS DE CINEMA DA AMAZÔNIA PARAENSE

Estamos juntos, mas nem sempre misturados, porque somos diferenciados em nossas pautas e nos encaminhamentos com relação ao confronto com o mercado. Há muitos debates importantes ao movimento audiovisual da Amazônia Paraense. E o momento de aprofundarmos esta discussão, por exemplo, sobre políticas públicas audiovisuais, política de editais, a maioria voltados para fortalecer o cinema de mercado.  São políticas editais excludentes, conceitualistas, curatoriais, cheios de artimanhas contemporâneas que criam uma onda em favor de um tipo de arte, apagando e excluindo o que se produz fora deste eixo do mercado. E esta questão se coloca como um divisor de águas. Quanto de dinheiro tem para o cinema da Amazônia?  E quanto deste dinheiro vai financiar o cinema de mercado>? Quanto vai ter de dinheiro para quem não é empresário do cinema e do audiovisual? Para quem cria e faz cinema comunitário, nas periferias e comunidades tradicionais e quilombolas e indígenas, cinema nos movimentos sociai