Vale a pena ler as considerações de quem está na luta assim como a dos que não se levantam de suas poltronas e mesmo assim formam opiniões, em jornais pequeno-burgueses, burgueses, e até mesmo na Mídia, que se considera à esquerda. Particularmente não temo as ruas e penso que elas são um dos lócus fundamentais da democracia. Já ouvi estas falas dos burocratas em 2013, quando eles deixaram as passeatas à própria sorte, e depois passaram a criticá-las, numa tentativa de desqualificar muitos que não se furtaram ao debate no momento prático em que o fato acontece e o fenômeno político se instaura.
Portanto, apesar de considerar ser prudente se preocupar com a pandemia, não abro mão de ir para a rua neste momento em que cresce uma onda global antifascista no mundo inteiro a partir do movimento negro, tendo no Brasil esta luta se organizado pelas torcidas de futebol, cujas práticas violentas e preconceituosas nos estádios hão de ser questionadas, entretanto, precisamos tomar o rumo da História em nossas mãos e não ficar passivamente a ver pequenos grupos de brancos protegidos pela polícia fascista agir contra a Constituição, que em última instância é o nosso último bastião, ainda que muitos juízes sejam corruptos, assim como parlamentares e policiais.
Estar na rua significa mostrar a força popular contra o estado das coisas, mas, mais que isso, é necessário apontar caminhos, com a imediata destituição do presidente, e convocação de uma Assembleia Popular, que desmonte os vícios das estruturas partidárias e permita uma reforma política e jurídica radical, com eleições livres e transparentes, assegurando ao mesmo tempo a distância do Poder Econômico e mediático deste processo.
Todo Poder ao Povo!
Fora Fascistas!
Carpinteiro de Poesia Zenito Weyl
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