Há momentos que palavras confortam
Embora não tenham muito o que dizer
Outras vezes é o silêncio
Que toma a forma
Solidária
E nutre o pacto
De uns com os outros
Que somos todos nós
Seres humanos
Iguais em fragilidade
Mas não em arrogância
Ou na ganância
Talvez na comunhão
Assim dito eu fecho o pano
E saio de cena
Com o meu ego
Doentio
Sem moral da História
Mas com este poema
Que estava engasgado
Na garganta
E preso à míngua
De uma velha gaveta
Num quarto mofo
Onde guardo papeis
Amarrotados
E roupas
Rotas
© Carpinteiro
...
Eu te convido para brincar
Um jogo sem regras
Um ritual em que leio poesias
Mostro meu álbum de fotografias
E narro histórias
Da cosmogonia de meu universo
E de lugares que conheci adulto
Mas que já os havia visitado
Quando criança
Em histórias suprahumanas
Cabem todos os mistérios
© Carpinteiro
...
Desejo que você reflita
Sobre como se sente
Em relação a mim
E de como atribui
A minha pessoa
O seu estado de espírito
Como se o que eu pensasse
Ou falasse ou sentisse
Fossem contra você
Mas cuidado
Quem sabe você está errado
Sobre o mal que lhe faço
© Carpinteiro
...
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