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Curta Cultura exibe filmes vencedores do FICCA

 

A Rede Cultura (TV & Portal) vai exibir os filmes vencedores do Festival Internacional de Cinema do Caeté, FICCA.

Ano passado a Cultura exibiu os quatro filmes vencedores das mostras competitivas, mas, este ano (25 a 30 de Maio), a emissora vai exibir cerca de vinte filmes premiados e/ou convidados pelo festival.

A curadoria da programação da Mostra na TV Cultura é do próprio criador do FICCA, o poeta e realizador Francisco Weyl, que informa que a maior parte dos filmes selecionados compuseram a Mostra 8ITAVA Maravilha, realizada recentemente pelo festival.

O FICCA começou mais cedo este ano (25 de Março a 5 de Abril), graças ao apoio do Edital Audiovisual da Lei Aldir Blanc – Pará 2020.

Durante 12 dias o festival realizou uma espécie de maratona com rodas de conversas e oficinas virtuais, que resultaram na realização do filme coletivo “O Quilombo é meu ligar, minha vida”, que será exibido na programação da TV Cultura.

Além deste filme, o FICCA vai apresentar projetos audiovisuais realizados na Região dos Caetés pelo projeto Aluno Repórter, parceiro do festival, que alcança centenas de alunos da rede pública de ensino.

A programação contém filmes paraenses e brasileiros, e estrangeiros, que venceram as cinco edições do FICCA, além de realizadores convidados, como Rosilene Cordeiro (que estreia o seu #Feitiço).

O FICCA continua com inscrições abertas para mostras competitivas e não-competitivas, até o dia 1º de Agosto de 2021.

Acesse para mais informações: https://www.ficca.net.br/post/regulamento

E aproveite as sessões, o Curta Cultura vai ao ar de 25 a 31 de Maio, a partir das 23h

 

© Francisco Weyl

 

CURTA CULTURA

Curadoria Francisco Weyl /FICCA – Festival Internacional de Cinema do Caeté

 

25 a 30 MAIO 2021

 

PROGRAMAÇÃO

 

25 de Maio

 

­­­­­­­­­Mestres Praianos do Carimbó de Maiandeua (Artur Arias Dutra/PA/15Min32Seg) 

GRANDE PRÊMIO DO JURI  FICCA 2016

Sinopse: Documentário traz à luz os saberes e a arte dos Mestres de Carimbó da ilha de Maiandeua, localizada no Atlântico norte do estado do Pará. Personalidades como Chico Braga, Montana, Gudengo, Camaleoa, Roque Santeiro são alguns dos principais nomes que compartilham uma parte de seus saberes e de suas histórias neste filme. 

Direção - Artur Arias Dutra

Direção de Fotografia - Artur Arias Dutra e André dos Santos

Produção Executiva – Cris Salgado, Pierre Azevedo e Thomaz Silva

Pesquisa e Produção - Artur Arias Dutra, Cris Salgado, Pierre Azevedo e Yasmin Alves 

Idealização - Cris Salgado Argumento – Artur Arias Dutra e Cris Salgado 

 

Mestre Curuperé (Francisco Weyl/PA-2017/2020/17Min) 

FILME CONVIDADO – RODADO EM BRAGANÇA DO PARÁ

Sinopse: Filmado no Benquerença-Bar e na Toca do Índio, em Bragança do Pará, em 2017, e finalizado no Porto, em 2018, este documentário musical registra a passagem do Mestre de Carimbó Ronaldo Curuperé na Pérola do Caeté.

LINK: https://www.youtube.com/watch?v=Cxj0ZzALOy0

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26 DE MAIO

 

Mãtãnãg, A Encantada (Charles Bicalho/MG/14 Min) 

GRANDE PRÊMIO EGÍDIO SALES FILHO DE CURTA-METRAGEM FICCA 2020

Sinopse: A índia Mãtãnãg segue o espírito de seu marido, vítima de uma picada de cobra, até a aldeia dos mortos. Juntos, eles superam os obstáculos que separam o mundo terreno do mundo espiritual. Em língua Maxakali e legendado, Mãtãnãg se baseia em uma história tradicional. As ilustrações para o filme foram realizadas em oficina na Aldeia Verde, no município de Ladainha, em Minas Gerais.

Direção: Shawara Maxakali e Charles Bicalho

Categoria: animação

Ano: 2019

Gênero: drama

LINK: https://www.youtube.com/watch?v=YxXAZWIX4v8

­­­

O bailarino (Lipe Canhedo/MG/13Min) 

PRÊMIO EXPERIMENTAL FICCA 2016

Sinopse: No tradicional norte de Portugal, homem de origem lusitana nascido em Moçambique dança ballet em bares e locais públicos. Ele começou a dançar depois dos 40, para resolver problemas de coluna, mas passou a ver sua arte como uma maneira de desafiar as mentalidades locais. 

Direção: Lipe Canêdo

Fotografia e edição: Lipe Canêdo e Renato Hennys 

Trilha sonora original por Bruno Santos

LINK: https://www.youtube.com/watch?v=QApAZUbHl8Y

 

 

27 DE MAIO

 

A Ver o Mar (Ana Oliveira e André Puertas/PORTUGAL/25Min) 

MELHOR MÉDIA-METRAGEM  FICCA 2018

Sinopse: O silêncio, o mar como pano de fundo, o mar como lugar de afetos. Sem saírem dos seus carros, várias gerações namoram, relaxam e partilham o fascínio pelo oceano, fazendo planos para o futuro e contemplando o passado.

Produtores: Ana Luísa Oliveira / André Puertas

Realizadores: Ana Luísa Oliveira / André Puertas

Diretor de Fotografia: Sara Santos

Diretor Som: André Puertas

Edição: Sara Santos

 

 

28 DE MAIO

 

A POETA DO XINGÚ (Francisco Weyl/PA-2012-2018/10Min) 

FILME CONVIDADO – RODADO EM ALTAMIRA

 “Documentário da Série Vozes do Xingu, realizado no âmbito do projeto “Memórias de trabalho e de vida frente à construção de Belo Monte”, e que, sob a coordenação da professora Elizabete Lemos Vidal, da Universidade Federal do Pará, apresenta depoimentos de moradores da Volta Grande do rio Xingu, atingidos pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

LINK: https://www.youtube.com/watch?v=H4D0M2-cJF0

 

 

FEITIÇO (Rosilene Cordeiro/PA-2021/20Min)

FILME CONVIDADO – ESTREIA 

Sinopse: Roteiro simples... uma fábula sobre uma misura fabulante, com pouco requinte fabuloso. É sobre mulheres guerreiras e seus filhos ‘degradados’, filhos delas desde Eva até Maria de Nazaré. Bem olhados por Benedito, afogados nas veias córregas da Conceição. Filhos salvo guarnecidos pela barca encarnada da migrante ruiva, labiosa. festeira de renomado coração. Reza a lenda que eram mulheres grandes, essas dos longínquos territórios El Dourados jamais alcançados a olhos vistos, por homem algum, por qualquer homem um. Fêmeas de peito largo e um bico só, tendo o outro seio extirpado por elas mesmas para melhor arquear a flecha cujo alvo foi/é/sempre será invasor. Reza a ‘lenda’, ainda, sobre essas tais icamiabas ‘peito partido’, que eram de um feminino viril, grotesco e invejado dom, montadoras audazes de cavalarias velozes sem homens. Seletivas e astutas, a certa altura dos dias, à noite, atavam redes, teavam arapucas de ‘coitar’ para quem delas atraísse o interesse. E deitavam conjecturas de ânsia lunar em cópulas reprodutivas num sinistro coital. Enluarados ‘ao espelho da lua’ elas os possuíam e largavam às margens de suas montarias de volta. Da fertilização geravam e gestavam suas crias. Na lua grande seguinte os procriadores deviam retornar para notícias do clã. As mulheres paridas, ficavam nas terras e eram criadas por suas mães na mucosa terrena da Deusa. Aos filhos homens era destinado ou a morte, de providencia materna tão logo ao nascer, ou a entrega aos pais, poupados da dor da perda, guardiões do ato para si. As crias-machos, abandonados à vida e à sorte dos homens eram criados longe ‘dali’. Dos que morreram vingou o anonimato, aos que foram ‘filhos-de-pais-sem-mães’, estes ganharam o mundo, as cidades, campos, florestas, margens dos rios, vilarejos, rumos do mundo sem fim. Desse legado sabe-se, apenas, que vivem entre céu e terra a buscarem a e-vocação dos úteros que os pariu, em busca da mãe em si, da Deusa no mundo, dos irmãos perdidos, nos muitos lugares de feitiço, sem religião. Não é sobre ter fé, mas de como ela veio lhes buscar, lá do infinito de tudo. Onde tudo re-começou ou se perdeu, ou se embrenhou como eterno e inconclusivo re-tornar a si, a ser... renascer a Deusa Mãe nesse vagar sem fim, entornar-SI. 4 filhos em ir e vir sem fim... trabalho sem fim... a DEUSA, em seus fins, sem fim. Um #FeitiçoInProgress​​, enfim.

Direção de ROSILENE CORDEIRO

 

 

29 DE MAIO

 

O Quilombo é meu lugar, a minha casa (DIG, COR, BR, 19 Min, Realização Coletiva)

FILME CONVIDADO – ESTREIA

Sinopse: Documentário resultado da oficina de Cinema Acessível, ministrada por Carol Magno e Cuité Marambaia, no Quilombo do América, em Bragança do Pará, no âmbito do VI FICCA - FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DO CAETÉ

LINK: https://www.youtube.com/watch?v=Ytdrh1l1G4I&t=495s

 

 

Memórias de Taperaçú-Porto (Realização Coletiva/BR, 2014, DIG, COR, 12Min13Seg)

FILME CONVIDADO – RODADO EM BRAGANÇA DO PARÁ

Sinopse: Antigos moradores da Vila de Tapareçu-Porto, em Bragança do Pará, narram as histórias da comunidade.

LINK: https://www.youtube.com/watch?v=avgHjhV5YgU

 

 

 

30 DE MAIO

 

História Abandonada (Realização Coletiva/PA-2017/2012/5Min30Seg) 

FILME CONVIDADO – RODADO EM BRAGANÇA DO PARÁ

Sinopse: O abandono da educação pública serve de mote para este filme coletivo rodado nas oficinas do projeto Aluno Repórter, em Bragança do Pará.

LINK: https://www.youtube.com/watch?v=3aemF0N2yoI

 

GAPUIANDO (Francisco Weyl/PA-2016/25Min) 

FILME CONVIDADO – RODADO EM ABAETETUBA, PARÁ

Realizado por Francisco Weyl, no âmbito da pesquisa da professora Eliana Campos Pojo (UFPa), que produziu a obra, juntamente com Lina Gláucia Dantas Elias, e Vivian da Silva Lobato, este documentário navega o rio-mar de Abaeté, cidade das mulheres e dos homens fortes, onde a vida atravessa e é atravessada pelas águas. E o rio-signo cultural dissemina e exerce uma prática social no trabalho, no lazer, no movimento das embarcações, e de seus rios, furos e igarapés. Pela sua estética e encantamento, no ir e vir das pessoas, o rio-mar de Abaeté expressa beleza, fronteira, território, e saberes dos povos das águas.

LINK: https://www.youtube.com/watch?v=66aDBs1XX4o&t=480s

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© FICCA

 

 

 

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