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O cinema afro-luso-brasileiro em debate



Quatro realizadores afro-luso-brasileiros protagonizaram nesta terça (25/11) os primeiros debates sobre o cinema africano no âmbito do #Plateau – Festival Internacional de Cinema de Cabo Verde, que acontece até dia 30/12 na Cidade da Praia.
Júlio Silvão (Cabo Verde), Dom Pedro (Angola), Jorge Murteira (Portugal), e Francisco Weyl (Brasil) participaram de uma Roda de Conversa, que tematizou diversos assuntos relacionados á formação, produção e realização audiovisual em países africanos.
O diálogo aconteceu no Palácio da Cultura Ildo Lobo e contou com a participação de cerca de quinze pessoas, que acompanham o Festival. As questões levantadas pelos participantes da roda foram diversificadas, desde as pautas estéticas até as econômicas.
O cinema documental e o ficcional estiveram na ordem do dia, a partir das diferentes realidades que compõem o cenário da produção do cinema no Continente Africano. O caso O fato de Nigéria ser o maior produto de cinema mundial e de Cabo Verde ter posição estratégica entre diversos continentes foram também observados.
Políticas públicas e ações da sociedade civil, o papel das instituições e dos profissionais do setor, as estratégias de reversão de processos que sustentam a colonização cultural estiveram em evidências nas falas dos participantes.
Não há dúvida que estes diálogos têm pertinência e atualidade e são apenas a ponta do iceberg que iremos aprofundar ainda mais nesta quinta (27/11/2014) NO Fórum #PLATEAU, que vai reunir os realizadores que participam deste Festival.

(Com a paixão histórica que o tempo me impôs, captei os áudios e tão logo os decupe irei postar neste blog, informo apenas que foram duas horas de Roda de Conversa, a partir do tema “Cineclubismo de Guerrilha”, pela via do qual narrei as experiências das resistências cineclubistas brasileiras)

© Carpinteiro

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