Em Cabo Verde para participar da organização do PLATEAU – Festival Internacional de Cinema da Praia, dedicando-se, desta fora, ao cinema da Região, sobretudo aos de países de língua portuguesa, e também os de África – diáspora, o realizador Guenny Pires, 49 anos, fez vários vídeos em Cabo Verde antes de ir à escola (Universidades - do Porto; e de New York).
Mas foi a partir dos princípios da década de 1992 que Guenny começou a produzir o que considera os seus filmes, entre os quais “Olhar estudantil”, “Genocide Siri Lanka’, “Contrato”, “O percurso de Cabo Verde”; “Coração de Amilcar Cabral”; “A procura de minha identidade”; “O caminho de mar”.
Gosta de fazer documentários porque, segundo ele, este gênero de cinema lhe permite melhor perceber a realidade, que, dessa forma, ele a transforma, “sem grandes discussões, até porque os documentários educam as pessoas”, afirma.
Mas, sem se fechar num único estilo, Guenny também faz o que ele chama de “docudramas”, ficções, dramas e comédias.
Sobre o estado da arte do cinema de Cabo Verde, ele diz que o momento é bastante rico, porque “o cinema cabo-verdiano está a tentar criar a sua própria linguagem, a sua própria identidade, mas há muito que fazer, sobretudo a formação”, observa.
O realizador, que mora em Los Angeles, avalia que o cinema de Cabo Verde está mais ligado aos países falantes de língua portuguesa, entre estes Portugal e Brasil, mas, que, entretanto, sem descurar de outros conhecimentos e linguagens, precisa afirmar as suas diferenças, estabelecendo pontes identitárias com a África Ocidental.
Nesse sentido, o #PLATEAU – festival Internacional de Cinema de Cabo Verde, segundo Guenny Pires, vai criar outras dinâmica na Região, exatamente porque vai trazer vários nomes internacionais, realizadores que vem de outras escolas, que chegam com outras experiências, o que engrandece a cultura e apercepção sobre o cinema tanto para os realizadores quanto para o público em geral.
© Carpinteiro
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