Pular para o conteúdo principal

Palácio da Cultura Ildo Lobo recebe cineclube de guerrilha




Francisco Weyl, vai fazer uma fala nesta terça, 25/11/2014 no Palácio da Cultura Ildo Lobo, Praia, Cabo Verde.
A roda de conversa (aqui denominada “master class”) faz parte da programação do #PLATEAU – Festival internacional de Cinema de Cabo Verde.
Weyl, que é formado em Cinema pela Escola Superior Artística do Porto, especialista e mestre em Artes pela Universidade Federal do Pará, tem larga experiência na organização de cineclubes e na articulação de coletivos audiovisuais.
Ele é convidado especial do presidente da Associação Nacional de Cinema de Cabo Verde, Júlio Silvão, para acompanhar o #Plateau, que começou dia 21 de novembro e prossegue até o dia 30 de novembro de 2014.
Assumidamente na contracorrente cinematográfica, Weyl, que é cineclubista de coração, acredita que esta arte tem um caráter pedagógico e libertário fundamental para a construção das consciência e enfrentamento das diversas formas de opressão social .
“Dominados pelas formas opressoras ideológicas e mediáticas,  como publicidades e novelas, que se massificam e moldam os comportamentos e as suas próprias percepções, os cidadãos aceitam passivamente os mecanismos de leituras que lhes são impostos de fora de suas realidades, disseminando consequentemente estes paradigmas pela via dos quais conseguem respirar e sobreviver, de forma autômata e sem pensar, entretanto, há que reverter esta situação e construir um pensamento crítico”, desafia.
Além deste, Weyl participa esta tarde (24/11, às 18h) na LPC - Livraria Pedro Cardoso , de um diálogo sobre "Sebastião Alba : Arte, poética e imagem", onde irá discorrer sobre a relações entre filosofia e fotografia na poesia do luso-moçambicano Sebastião Alba, com recorrências aos filósofos Delleuze, Benjamin e Sontag , além de digressões autorais sobre o sentido da percepção simbólica da "imagem" fotográfica .
SERVIÇO – CINECLUBISMO DE GUERRILHA. Festival Internacional de Cinema de Cabo Verde #PLATEAU. Palácio da Cultura ildo Lobo, 10hs (25/11/2014). Entrada Franca. Com Francisco Weyl.

© Carpinteiro


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Panacarica: dois Anos sem Rô, mas a eternidade ainda Navega

A água que cai do céu é fina, serena e funda, como quem sabe o que está fazendo. Cada gota que pinga sobre o rio carrega uma ausência. Há ruído de motor ao longe — daqueles pequenos, que levam a vida devagar. Mas hoje ele soa diferente: parece triste. E é. Ele carrega uma notícia que ecoa por entre os igarapés: Romildes se foi.   Amazônia não costuma anunciar luto com alarde. Ela simplesmente se emudece. A várzea fica quieta. A floresta para um pouco. Os pássaros cantam mais baixo. É assim quando vai embora alguém que é raiz, tronco e folha do território. Foi assim quando partiu Romildes Assunção Teles, liderança forjada na beira do rio e na luta coletiva.   Ele não era homem de tribuna nem de terno. Era homem de remo, de rede armada, de panela no fogo e conversa sincera. Era homem de olhar adiante, de palavra pensada, de gesto largo. Era Panacarica. Chovia em Campompema quando recebi a notícia. A chuva, sempre ela, orquestrando silêncios no coração da várzea. Era como se o ri...

Cinema de Guerrilhas volta a Braga para segunda Edição

 Será no dia 26 de março de 2025, na sede da Associação Observalicia, em Braga, a segunda sessão das “Vivências do Cinema de Guerrilha – Resistência Climática”. Organizada por essa associação sem fins lucrativos, dedicada à pesquisa e atuação em alimentação, tecnologia e ecologia social, a ação propõe uma imersão no audiovisual como ferramenta de resistência e transformação social. Vamos continuar a trabalhar juntos na construção coletiva de filmes que denunciem as urgências climáticas e ecológicas atuais. A oficina busca democratizar o acesso ao cinema, utilizando tecnologias acessíveis, como celulares, para que comunidades e indivíduos possam contar suas próprias histórias e fortalecer sua luta ambiental. Como facilitador, trago minha experiência no cinema amazônico, onde venho desenvolvendo pesquisas e produções voltadas para a resistência cultural e ecológica. Como criador e curador do Festival Internacional de Cinema do Caeté (FICCA), sigo explorando as estéticas de guerrilha,...

Cláudio Barradas: Do lugar onde se vê o último Ato

A partida do Cláudio Barradas encerra um ciclo do teatro paraense.   Assim como foi, há cerca de vinte anos, a partida do Luiz Otávio Barata. Entre um e outro adeus, perdemos também muitos outros. Atrizes e atores que, como eu, foram crias desses dois mestres — Cláudio e Luiz Otávio — que, ao lado de Geraldo Salles e Ramon Stergman, compuseram, ali entre meados da década de 1970 e o início da de 1980, um respiro vital para o teatro feito em Belém do Pará. Era um tempo de afirmação. Um tempo em que se confundiam os passos da cena  teatral  com a própria origem da Escola de Teatro da Universidade Federal do Pará. Cláudio foi, sem dúvida, uma escola dentro da escola.   Passar por ele era passar pelo rigor, pela entrega, pela sensibilidade.   E, claro, pelo amor à arte. Os que o tiveram como mestre — nas salas da Escola Técnica, no Teatro do Sesi , mesmo nos ensaios, onde eu ficava à espreita, para aprender, em espaços acadêmicos, institucionais ou alternativos...